sexta-feira, janeiro 07, 2011

Jogos que eu terminei em 2010

2010 foi um ano que eu consegui jogar bastante. Eu comprei um PS3 no meio do ano e pude acompanhar alguns dos principais lançamentos pra plataforma, além de jogar no PC e no meu DS adquirido em janeiro. Segue então uma lista dos jogos que eu terminei no ano passado:


Mass Effect 1 e 2 (PC): A série Mass Effect consegue rivalizar fortemente com Star Wars como minha saga predileta de ficção científica. Tem uma história super bem construída, um universo complexo pra caramba e personagens tão carismáticos que muitos mereciam ter seus próprios jogos solo (Tali, Thane e Legion estão aí e não me deixam mentir). O segundo jogo ainda trás um (até onde eu sei) inédito sistema de importação de save onde as decisões tomadas no primeiro jogo têm reflexo na continuação, tornando a experiência de avançar pelos dois jogos uma coisa única. Que venha a conclusão da trilogia no fim do ano!


Heavy Rain (PS3): Eu resisti bastante à idéia de pegar Heavy Rain pra jogar, pois por algum motivo estranho achava que o jogo não ia me agradar nem um pouco. Quando eu peguei a demo, a adrenalina foi nas alturas numa cena de combate toda em quick time event e me convenci a comprar o jogo. Pra minha surpresa, a cena que me impressionou não era nada frente às outras situações apresentadas no jogo. Uma das cenas mais impressionantes pra mim é a que um dos personagens corta seu dedo (assista a partir dos seis minutos e diga se não é foda). Outro detalhe legal é a maneira com que a história é construída, através das escolhas cada jogador pode ir por um caminho diferente e não há nem mesmo o conceito de game over - se um personagem morrer a história continua e é possível chegar ao final até mesmo com todo mundo morto.


Red Dead Redemption (PS3): GTA no velho oeste é reduzir demais o conceito de Red Dead, mas não chega a ser uma descrição incrivelmente errada. O mais legal é que RDR chamou minha atenção pra duas coisas que nunca me interessaram muito - jogos de mundo aberto e histórias de faroeste. Mas é impossível não se impressionar com as paisagens do jogo (que trás um alcance de visão quase ilimitado) e não simpatizar com a jornada de John Marston pra reaver sua família.


Scott Pilgrim vs. the World: The Game (PS3): Um jogo baseado num filme baseado numa história em quadrinhos que é baseada em jogos e filmes. Precisa dizer mais alguma coisa? Scott Pilgrim é uma viagem, seja no jogo, no filme ou nos quadrinhos. No videogame (meu primeiro jogo comprado digitalmente na PSN), temos uma espécie de homenagem aos beat'em ups antigos (como Streets of Rage e Final Fight), com direito a gráficos altamente pixelados e músicas em chiptune. O jogo é divertido, mas enjoa rapidamente. Ainda assim recomendo que quem puder jogue ao menos uma vez.


Dante's Inferno (PS3): Esse eu comprei numa promoção do Play-Asia onde o jogo novo saiu por cerca de R$30 incluindo o frete. Independente da porcaria que pudesse ser, uma pechincha dessa não dá pra perder, né? Pra minha surpresa o jogo é muito bom. Lembra muito God of War, é claro, mas não vamos entrar nesse mérito. A história é baseada no livro "Inferno" d'A Divina Comédia de Dante Alighieri, mas ao invés de adaptar o conteúdo do livro, os desenvolvedores preferiram usar livremente este material e criar uma narrativa nova. Isso desagradou a muita gente que achou que a obra de Dante foi distorcida ou mal-interpretada. Pra mim a adaptação funcionou e conseguiram entregar um jogo decente, com bons momentos na história e uma boa jogabilidade. Algumas coisinhas incomodam nos controles, mas nada que atrapalhe demais.


Assassin's Creed 2 (PS3): Meu primeiro troféu de platina do PS3 veio com o Assassin's Creed 2. Eu sou um jogador meio preguiçoso, termino um jogo e raramente volto pra explorar seus extras. No caso do AC2, havia o incentivo de uma platina bastante tranquila após terminar o jogo com cerca de 90% dos troféus conquistados. Falando do jogo em si, conseguiram adicionar uma quantidade absurda de conteúdo. Apesar de muitas mecânicas serem parecidas, cada missão é diferente da outra (ao contrário do primeiro jogo, onde você tinha uma área aberta para cumprir um determinado número de missões à sua escolha até liberar uma situação para avançar no jogo e essas missões eram sempre as mesmas três ou quatro).


Uncharted 2 (PS3): Troquei o (péssimo) Demon's Souls por Uncharted 2 sem ter a menor espectativa pelo jogo. Nem a demo eu tinha jogado. Isso foi corrigido enquanto o jogo estava nos correios e então tive a certeza que a troca tinha sido bem feita. Uncharted não devem em nada aos grandes filmes de ação com caçadores de tesouros (como Indiana Jones). O roteiro é clichê, mas é super bem construído e sempre dá vontade de jogar mais um pouquinho pra ver o que vai acontecer no próximo capítulo.


Pokémon HeartGold (NDS): Eu não sou muito fã de remakes mas HeartGold é um remake tão bem feito que parece um jogo novo. Todas as inovações dos jogos de GBA e DS foram incluídas nessa nova versão, ao mesmo tempo em que a aventura principal se mantém muito próxima à versão original de dez anos atrás. Os gráficos estão lindos e andar pelo mundo capturando monstrinhos de bolso continua muito divertido. A única reclamação é a impossibilidade de batalhar com desconhecidos através da internet, já que é preciso cadastrar o friend code do adversário para fazer isso.


New Super Mario Bros. (NDS): Jogo do Mario em 2D pro DS. O "New" do título não engana, é Mario sim, mas é inovador pra caramba. O jogo é cheio de mecânicas novas que o diferencia bastante do Super Mario World, por exemplo.


Mario Kart DS (NDS): Em tempos de jogos de corrida com milhares de carros e opções, Mario Kart é divertido no ponto mais importante - as corridas. O jogo tem pistas novas e vários circuitos importados de jogos antigos. É mais um daqueles jogos pra se distrair por alguns minutos, mas que quando você percebe já perdeu um tempão jogando. O modo online também é muito legal, o único problema é encontrar jogadores disponíveis.


Fallout 3 (PC): Fallout 3 tem uma história muito fraca, basicamente você por um mundo pós-apocalíptico tentando encontrar seu pai. Por outro lado, a ambientação desse jogo é tão extraordinariamente foda que você é puxado pra Wasteland e não quer sair mais. A música é fantástica, os cenários destruídos são belissímos e a mecânica de shooter com RPG funciona perfeitamente. Pra fechar, que outro jogo deixa você explodir uma bomba nuclear em uma cidade? E que outro jogo faz você lidar com as consequencias de ter escolhido explodir essa bomba?


Braid (PC): Um jogo independente fantástico em vários sentidos: a música é ótima, os gráficos lindos, a mecânica de manipulação do tempo não só é muito boa como também é muito bem aplicada nas fases do jogo. E acima de tudo ainda há uma historinha cheia de camadas e aberta a várias interpretações. Mas tudo isso não é nada comparado à loucura que é a última fase do jogo, simplesmente de explodir cabeças (assista se você não pretende jogar, caso contrário fique longe pra não pegar spoilers).


Mafia 2 (PS3): Esse na verdade é uma trapaça na lista, já que eu terminei no último domingo, dia 3. Mafia 2 é um jogo de mundo aberto que se passa nas décadas de 40 e 50. A história é super envolvente e surpreende bastante, se passando não só na cidade de Empire Bay, mas também tem uma parte na Itália durante a segunda guerra mundial e um capítulo na cadeia. Há muitos momentos engraçados também, principalmente quando os personagens estão bêbados!

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Recomendações de podcasts

Listinha básica com vários podcasts que eu escuto nas minhas longas viagens semanais entre Teresópolis e Niterói. A maioria trata de jogos ou outras nerdices, se alguém tiver recomendações de casts sobre estes ou outros temas, não deixe de falar nos comentários.

Eu quis listar aqui somente casts ativos (com excessão do NowLoading que acabou mas ainda tem um arquivo bem vasto), então não vou comentar de programas extintos (oficialmente ou não). Também não coloquei os casts em nenhuma ordem especial, não estou tentando eleger os melhores podcasts nem nada do tipo.

NowLoading
Pra mim é de longe o melhor podcast de games que eu já ouvi. Os caras fazem uma extensa pesquisa sobre o assunto e conseguem manter um ritmo difícil de encontrar em outros lugares. Além de um cast semanal sobre um assunto específico (como os excelentes episódios sobre Mass Effect 1 e 2), havia também o NowLoading News, que nos últimos meses passou a ser ao vivo, comentando as princípais notícias sobre jogos da semana. Uma pena que acabou (de novo).

PodQuest
No PodQuest, três desenvolvedores de jogos brasileiros que trabalham no exterior falam sobre notícias importantes da indústria e discutem um tema central por semana (como a pirataria e as diferenças culturais no desenvolvimento de jogos). É uma ótima oportunidade pra ouvir opiniões de profissionais que estão bem colocados na indústria e também ficar sabendo de uma ou outra curiosidade de empresas que eles trabalham ou trabalharam. Recomendo o cast sobre especialização ou generalização, que discute qual seria o melhor caminho para um profissional na área de jogos seguir.

Nerdcast
Provavelmente o podcast mais famoso da lista. Fala sobre assuntos tão variados quanto desenvolvimento de jogos e técnicas de paquera. Nem sempre os temas me agradam, então não escuto todos episódios, mas tem coisa muito boa por lá. Pra quem curte vídeos, há também o NerdOffice que mostra bastidores, curiosidades e afins. É bem engraçado ver o Azaghâl tentando se entender com a câmera.

RapaduraCast
Uma descoberta recente que eu estou gostando bastante. É um podcast mais voltado ao cinema, mas que vez por outra fala de jogos, quadrinhos e livros também (como na série Quadrado Mágico). Pra quem não conhece, recomendo começar pelos casts de Scott Pilgrim (que foi o primeiro deles que ouvi) e o engraçadíssimo programa sobre o fim do Cine Privé.

Matando Robôs Gigantes
Aqui são três casts separados, um para quadrinhos, um para cinema e outro para jogos. Os programas são curtos, com mais ou menos meia hora, e bem objetivos. Às vezes parece que falta um pouco de profundidade, mas os apresentadores são muito engraçados e vale a pena ouvir mesmo que o tema não seja interessante, é garantia de risadas. Vale uma nota também a idéia de separar os assuntos em casts separados, assim quem não se interessa por quadrinhos, como eu, pode simplesmente ignorar esses episódios e ouvir só os outros. No fundo é como se fossem três podcasts diferentes, nem mesmo o bloco de comentários de cada tema se mistura com os outros.

Games On The Rocks
Podcast comandado pela equipe do Arena Turbo cuja principal proposta é o fato dos participantes encherem a cara durante o programa. É um pouco bagunçado, com muita gente falando ao mesmo tempo, mas é divertido. Um ponto interessante é quando comentam sobre bastidores de eventos ou de reportagens especiais, como as maratonas de jogos do site.

Muito bem, esses são os podcasts que eu tenho ouvido ultimamente. Qualquer hora eu faço um post com recomendações de outros casts e comento sobre alguns programas interessantes que não existem mais, já que há muita coisa boa que ficou de fora da lista. Até a próxima.

quarta-feira, agosto 04, 2010

Playstation 3 - Primeiras impressões

Semana passada eu comprei meu Playstation 3 e quero comentar aqui um pouco sobre minhas impressões console.

Primeiro, comprar um videogame foi uma decisão difícl. Eu tenho um PC razoavelmente bom e desconfiava que não teria nenhum grande ganho (tecnicamente falando) ao jogar em um console. Dito e feito, até agora nenhum jogo testado tem gráficos melhores que a média dos jogos que eu rodei no PC recentemente.

Mas vamos por parte. Depois de ponderar bastante, percebi que valeria a pena encomendar os meus primeiros jogos ao invés de comprá-los na loja junto do videogame. Isso me permitiu comprar jogos mais baratos e por isso mesmo em maior quantidade. Comprei quatro: Uncharted 2 e InFamous na game.co.uk, FIFA 10 e Demon's Souls no Mercado Livre. Destes, o InFamous e o FIFA foram comprados usados e o único que chegou até agora foi o jogo de futebol. Amanhã espero receber o Demon's Souls, vamos ver.


Como eu não tinha jogos (o FIFA mesmo só chegou hoje), eu acabei testando muitas demos disponíveis na PSN. Esse é um aspecto que merece elogios, pois ter um catálogo de demos bem organizado é realmente interessante. No PC nós temos que apelar pro Google ou um desses sites de download como o Baixaki.

Das demos que testei, destaco o Blur que tem só o multiplayer mas é bem complexo para uma demo, com várias opções de carros e pistas. Outras demos legais são as do LittleBigPlanet e do Heavy Rain que me deixou com muita vontade de jogar a versão completa. Testei vários outros jogos, mas falo disto outra hora.

Além das demos eu também aluguei um jogo, no mesmo dia que comprei o console. Ia alugar Uncharted (o primeiro) para abrir caminho pro 2, mas estava alugado. Acabei pegando God of War 3 por completa falta de opção. Não que eu não goste, mas simplesmente não é meu estilo de jogo preferido. Acabei jogando bastante, mas não cheguei nem na metade.

Uma agradável surpresa foi descobrir que o Dual Shock 3 também tem sensor de movimento. Na minha cabeça apenas a primeira versão do controle, que não tinha vibração e tal, tinha este recurso. Apesar de não ser um recurso tão usado quanto o Wii Remote, é legal ter esta opção disponível.

De uma maneira geral, posso dizer que fiquei satisfeito com o videogame. O principal motivo da compra foram os exclusivos e o God of War já me mostrou que valeu a pena. Alguns momentos são de tirar o fôlego. Com a listinha de encomendas que eu comentei antes, dá pra ver que eu busquei comprar só jogos que eu não teria no PC (incluíndo o FIFA, já que a versão de PC é diferente).

Pra fechar, vamos a uma reclamação, como não poderia deixar de ser: Alguns (muitos, infelizmente) jogos e demos que eu testei rodam em 720p ao invés de 1080p, o famoso Full HD. Isso não seria um problema se eu não jogasse sentado a meio metro de distância do meu monitor Full HD. Sério, jogos como FIFA ficam incrivelmente feios nesta resolução. Quando visto de longe, os gráficos até enganam, mas de perto a coisa fica bem ruim. Era de se esperar que um videogame que se gaba por ser tão superior à concorrência fosse melhor neste sentido (imagino como vai ser quando começarem a sair os jogos em 3D rodando teóricamente a 120 quadros por segundo...).

Concluíndo, pra mim os jogos exclusivos são a única grande vantagem de um videogame atualmente (os sensores de movimento podem ou não fazer a diferença no futuro). Em termos de gráficos, um PC pouca coisa mais caro que um PS3 já é bastante superior, basta saber escolher bem a configuração. E a diferença de preço é compensada pela possibilidade de usar o PC para outras coisas, não só para jogar, e pelo preço inferior dos jogos de computador (não só os jogos normais são mais baratos aqui e lá fora, como ainda existem lojas como o Steam que oferecem jogos muito baratos de vez em quando). Ainda assim, foi uma boa compra. Pelo menos é isso que espero que meus jogos me mostrem :D.

Em breve eu falo com mais detalhes sobre alguns jogos e comento um pouco também sobre o sistema de troféus, que é outro atrativo dessa geração de consoles (ainda que as conquistas estejam presentes parcialmente nos PCs).

diegocbarboza

Quem quiser pode me adicionar na PSN, meu usuário é diegocbarboza. E minha página no PS3 Heroes está disponível aqui. Nos vemos por lá.

terça-feira, maio 25, 2010

Vehicle Cleaner

Em meados do ano passado eu fui convidado por um colega do mestrado para ajudar no desenvolvimento do jogo Vehicle Cleaner, semifinalista da Imagine Cup 2009. O jogo já havia sido desenvolvido e passado pela primeira fase quando eu entrei na equipe. O objetivo era ajudar no polimento final e na adição de novas fases e recursos para levá-lo adiante na competição, o que infelizmente não aconteceu.

Aproveitando que o autor do jogo, o José Ricardo, postou o vídeo abaixo no Youtube, eu resolvi falar um pouquinho dele aqui também.


Seguindo o tema da Image Cup, o jogo propõe um ambiente onde uma bateria pode ser utilizada para reduzir a poluição emitida pelos veículos e cabe ao jogador fazer a conversão nos carros, ônibus, caminhões e motocicletas que passam pelas ruas. É preciso tomar cuidado para converter apenas os veículos poluentes e também atentar para o uso da bateria correta. O jogo acaba caso o nível de poluíção chegue ao limite.

Esse foi um dos jogos com a interface mais bacana que eu trabalhei. O menu principal com um robô gigante em meio à cidade era composto de três fundos diferentes que mudavam aleatoriamente, alterando também a disposição dos botões. A tela do mapa que aparece antes das fases também ficou muito interessante, levemente inspirada no jogo Captain Commando, ela mostra a fase atual, as concluídas e as que estão por vir.

O jogo se passa em diversas localidades espalhadas por uma visão futurista da cidade do Rio de Janeiro. As fases crescem em dificuldade à medida que novas pistas são adicionadas (incluíndo trânsito nas duas direções) e novos veículos ficam disponíveis.

Como não avançou à final, não chegamos a terminar todas as fases do jogo, mas ele estava bem promissor. Nós nos empenhamos bastante pra fazer o jogo interessante e divertido, tanto do lado da programação, desenvolvida por mim e pelo José Ricardo, quanto da arte, feita pelo David Siqueira.

Enfim, quem sabe em algum momento não conseguimos retomar o projeto... Enquanto isso, mais detalhes e uma galeria maior de imagens estão disponíveis aqui.

quarta-feira, maio 19, 2010

Palestra - Criação de jogos digitais utilizando software livre

Há mais ou menos um mês eu dei uma palestra em Boa Vista - RR sobre desenvolvimento de jogos com software livre no AtualTec da Faculdade Atual da Amazônia. A idéia era falar de uma maneira geral sobre o desenvolvimento de jogos, comentar alguns dados por alto sobre a indústria e a academia e no fim falar de ferramentas de software livre usadas na área.

O interessante é que software livre não é bem o meu domínio, então tive de pesquisar alguns dados para poder passar pro público. Com isso descobri diversos jogos comerciais que usam esse tipo de ferramenta (comento sobre alguns deles nos slides).

Na parte técnica, eu mostrei alguns motores e bibliotecas 2D e 3D, motores de física, liguagens de script e bibliotecas de áudio. Também dei um destaque ao interessante projeto Blender Open Game, que criou um jogo de nível profissional totalmente livre.

A palestra fui muito bem recebida e eu tive um bom retorno tanto do público quanto da organização. O ponto alto foi a demonstração do vídeo do projeto Natal que eu inclui na seção de perspectivas para o futuro, parece que a Microsoft acertou mesmo no marketing do novo periférico.

A viagem também foi ótima e eu de quebra conheci uma região do Brasil que eu nunca tinha visitado =D

Aos interessandos, a apresentação está disponível no seguinte endereço: Criação de jogos digitais utilizando software livre.

sexta-feira, abril 23, 2010

Sopa de letrinhas

No início dessa semana eu separei um bom tempo para pesquisar peças para montar um novo computador pra mim. Graças ao Boa Dica, achar os preços mais em conta na cidade do Rio e redondezas é uma tarefa bem simples (pra quem não conhece, o site lista preços de centenas de lojas da região), o problema é saber exatamente o que procurar.

Eu explico: o meu orçamento para esse novo computador não é ilimitado, claro, e eu procurei investir no melhor dentro do que eu posso gastar (por exemplo, pagar um pouco mais por uma placa-mãe com suporte a memórias DDR3 ao invés de econimizar uns trocados e ficar no DDR2).

Tendo isso em vista, resolvi que o melhor pra mim no momento seria comprar uma placa de vídeo GeForce 9800 GT. A placa tinha de ser da NVIDIA por causa do CUDA e as placas highend da série 200 ainda estão bem caras, então me resolvi por esta.

Até aí tudo bem, mas a questão toda é que simplesmente comprar uma 9800 GT não é o suficiente para garantir que levarei algo bom pra casa. Primeiro, existem várias fabricantes e já é de se esperar que cada fabricante apresente pequenas diferenças, nada demais. O problema é na quantidade de versões que uma mesma fabricante oference de uma mesma placa.

Tomando como exemplo a XFX (marca pela qual eu optei) no momento da minha busca existiam quatro modelos diferentes dessa placa de vídeo disponíveis (acabei de verificar e neste instante somente duas são listadas). Garimpando a internet, consegui descobrir que uma tem clock maior, outra tem memória mais rápida, outra tem saídas HDMI e por aí vai. E mesmo assim, tendo os dados técnicos na mão, fica bem difícil saber qual é a melhor.

Estas diferenças também não seriam problema, desde que tudo ficasse bem claro, mas não fica. As versões são diferenciadas simplesmente por UMA letra no seu código (PV-T98G-YDLH ou PV-T98G-YDLU, por exemplo). Considerando que essas placas estão variando entre R$350 e R$450 (mais uma vez, preços cotados na segunda-feira, hoje estão diferentes pois dois modelos não estão mais disponíveis) fica bem fácil de um vendendor mal-intencionado ou mal-informado vender o produto mais barato pelo maior preço e enrolar o comprador.

E fica ainda pior, cada fabricante usa seu próprio esquema de códigos (como os amalucados ZT-98GES3G-FSL, ZT-98GES3M-FSL, ZT-98GES3G-FSL, ZT-98GEY3G-FSL e ZT-98GEY3M-FSL da ZOTAC). Assim, só conhecendo relativamente bem o assunto pra comparar entre as marcas e chegar ao veredicto de qual comprar. E isto ainda demanda uma boa pesquisa pra evitar confusão.

Pra ser justo, minha reclamação não pode ficar só no campo das GPUs. A própria escolha da placa-mãe foi complicada. Um simples T no final do modelo da placa-mãe foi responsável por mudar diversos aspectos técnicos da placa, inclusive o modelo de memória compatível.

Pra encerrar, fica a pergunta: será que não haveria uma forma mais prática e amigável das fabricantes batizarem seus componentes, simplificando a vida do consumidor? Ou o objetivo é esse mesmo, ganhar com a confusão?

quinta-feira, janeiro 28, 2010

Meme: Eu quero jogar em 2010

Já faz um tempo que o Bruno Croci me chamou para este meme sobre os jogos que eu quero jogar em 2010. Como eu ando meio cheio de coisas pra fazer acabei demorando um pouco demais, mas o que vale é a intenção, então aí vai.

Primeiro uma nota: eu não sou muito ligado a hypes e a última vez que fiquei realmente na expectativa por um jogo foi há uns dez anos, no lançamento do Pokémon Gold - que eu consegui comprar uns 15 dias após o lançamento mundial.

De lá pra cá eu não me lembro de ter ficado esperando algum lançamento e tal. É claro que eu queria jogar o novo Modern Warfare, por exemplo, mas não é nada do tipo "eu preciso jogar, tem que sair logo". Em geral, pra mim fica no tanto fez tanto faz, se um grande jogo que promete ser bacana acabar cancelado não me faria falta.

Tendo isto dito, digo que é difícil formular uma lista para 2010. Provavelmente vou jogar coisas mais ocasionalmente, conforme a oportunidade for surgindo. Pode ser que bata uma vontade de repente de jogar um jogo de corrida ou espionagem, meu gosto varia bastante.

Ainda assim, posso listar alguns: O Max Payne 3 é um que eu gostaria muito de colocar as mãos, mas parece que foi adiado - não sei se ainda sai esse ano e nem se terá versão pra PC. Também queria reatar meu jogo no Dragon Age: Orgins que está lá paradão. E ontem eu comprei Psychonauts no Steam pela pechincha de $2, então este é um que eu certamente vou jogar.

Na semana passada eu também comprei um Nintendo DS e tem muita coisa que eu quero jogar no portátil. Vou ver se finalmente consigo levar Chrono Trigger até o final e também jogar os RPGs do Mario & Luigi, que dizem ser muito bons. Um outro que tem uma arte muito legal e parece muito interessante é Hotel Dusk, que ilustra este post (o único porém é ter que jogar com o DS em pé, algo meio tosco).

Pra fechar, assim como o Bruno tenho interesse em jogar os jogos do Zeebo. Não tenho interesse real em comprar o aparelho, mas gostaria de ver como são os jogos de perto. Mas isso é algo difícil de acontecer porque é bem improvável a compra de um Zeebo por um amigo meu.

Assim como da última vez, o meme está aberto para quem quiser participar. Até a próxima.

quinta-feira, janeiro 07, 2010

XNA Freeway - Remake

Quem acompanha o blog já deve ter percebido que eu gosto de fazer remakes. Que eu me lembre, já foi o Frogger, Pong, Breakout, Space Invaders (mais de um, na verdade), Pacman e Glug Glug. O motivo é bem simples: os remakes me permitem focar o estudo em uma linguagem, ferramenta ou técnica sem ter que passar por toda a parte de planejamento e game design. Como o meu foco sempre foi muito mais no desenvolvimento do que na criação, essa é uma boa maneira de aprender.

[Ainda assim a área de criação me atrai, com o tempo eu gostaria de criar mais jogos originais (como é o caso do Gosmotrix, feito em parceria com amigos da faculdade, e do Paraquedismo).]

Nos últimos dias eu criei um remake do jogo Freeway, do Atari, utilizando o XNA. A idéia foi recriar o jogo original e fazer somente algumas modificações menores que eu achei necessárias (como o menu na parte de baixo da tela para configuração do jogo). Se bem me lembro, comecei o projeto no último sábado e na terça-feira ele já estava praticamente concluído. De lá pra cá fiz apenas correções de uns bugs e a documentação do código.


Bem, para o desenvolvimento eu usei como base o original (jogado no emulador Stella), e o manual e o FAQ do jogo, que me ajudaram bastante a entender alguns de seus detalhes (especialmente o FAQ, que detalha a velocidade dos veículos, seu espaçamento, direção...).

Foram feitas somente as quatro primeiras fases. Segundo o FAQ, as fases seguintes são repetições das primeiras, apenas com diferença na velocidade dos veículos, portanto eu não cheguei a desenvolver esta parte.

Neste projeto deu pra brincar com algumas coisas legais do XNA, como o uso de GamePads, a utilização de GameComponentCollection e seus eventos, e alguns detalhes legais sobre como tirar screenshots usando Threads e o método EndDraw, baseado no código de Nick Gravelyn. Por isso só já vale a pena ter perdido umas horinhas no seu desenvolvimento.

Pra quem tiver interesse, eu estou disponibilizando juntamente com o jogo seu código-fonte completo. As instruções de como jogar estão em um arquivo de texto dentro do zip. O download pode ser feito aqui e comentários são sempre bem-vindos.

Por fim, uma questão filosófica: Por que mesmo a galinha atravessou a rua?! Talvez pra ganhar uns pontos...

quinta-feira, dezembro 31, 2009

Glug Glug - Remake

Em agosto deste ano eu fiz um remake do jogo Glug Glug (um jogo originalmente lançado na década de 80 para o ZX Spectrum) utilizando o XNA Game Studio. Para quem não conhece, no jogo você controla um mergulhador que deve ir até o fundo do mar resgatar alguns baús com tesouros e trazê-los de volta ao navio. Isto, é claro, evitando ser atacado por piranhas, tubarões e outras criaturas marinhas.

Menu principal do jogo. Clique para ampliar.
O jogo é bastante simples, mas tem uns conceitos legais (como o tubo de oxigênio ser cortado caso seja atingido por um tubarão). Ao invés de repetir as fases originais, eu criei uma forma das fases serem geradas aleatoriamente, onde cada tipo de inimigo tem uma chance diferente de aparecer. Nas últimas fases a porcentagem dos tubarões, por exemplo, é bem maior que nas primeiras. Ao todo foram criadas sete fases, mas é bem fácil adicionar novos níveis.

Eu me preocupei em fazer um jogo simples e rápido. A implementação de todo o jogo levou cerca de duas semanas, em seções esporádicas de programação, já que eu estava a todo vapor com o mestrado e o projeto da Direção Defensiva na época. Por isso mesmo, fora da tela de jogo a interface é bem pobre, ao invés de botões pressionáveis com o mouse, o usuário apenas tem que apertar os números correspondentes às opções. Não há grandes configurações possíveis, apenas se o jogo deve rodar em modo janela ou tela cheia.

Tela de jogo. Clique para ampliar.
Os gráficos foram todos reaproveitados do jogo original, tirados deste link, mas eles foram redimensionados (no Paint mesmo) para permitir trabalhar com uma resolução mais alta. É claro que são gráficos bem pobres, mas eu acho que esses jogos antigos pixelados têm seu charme. Segue um vídeo do jogo, feito durante seu desenvolvimento.



Ficaram faltando alguns detalhes, especialmente uma música e outros efeitos sonoros (atualmente só o tiro faz algum barulho). Também seria interessante colocar algum tipo de ranking, mas eu não cheguei a mexer nessa parte.

O download, para quem se interessar, pode ser feito aqui. O arquivo inclui o executável do jogo e seu código-fonte completo. Qualquer observação que queiram fazer sobre o jogo, sintam-se à vontade.

Importante: para jogar, é preciso ter ao menos o XNA 3.1 Redistributable instalado. Quem não tiver, pode fazer o download aqui.

terça-feira, dezembro 29, 2009

Meme: Os melhores de 2009

Eu fui convidado pelo Bruno Croci para participar deste meme (iniciado pelo Tiago Frossard) sobre os melhores jogos que joguei esse ano. Como no meio do ano eu comprei um PC novo, com uma placa de vídeo decente, pude curtir alguns bons jogos nesse segundo semestre. Também joguei algumas coisas legais no PS2. Vamos à lista:

Mirror's Edge
A jogabilidade do Mirror's Edge realmente é muito inovadora e chega a dar um frio na barriga ao pular entre os prédios e andar em lugares muito altos - melhor nem olhar pra baixo. Os gráficos são muito bonitos e a direção de arte dá um show. Sem falar em "Still Alive", a música do final do jogo que ficou grudada na minha cabeça por mais de mês.

Fallout 3
Infelizmente fui apresentado à série Fallout muito tarde. Eu simplesmente não consigo jogar os jogos antigos, acho limitados demais. Mas o terceiro episódio é fantástico, a ambientação é perfeita (vide as músicas de época, os cartazes instrutivos...) e as possibilidades, os caminhos são os mais diversos. Você pode resolver as missões de várias maneiras (explodir Megaton ou não? Eis a questão!) e tem quests enormes que podem ou não ser feitas. Alto fator replay.

Fallout 3
Mass Effect
Esse eu terminei ontem à tarde, numa maratona desde a última quinta-feira quando ele chegou aqui em casa (o que pra mim é um tempo bem curto pra terminar um jogo, ainda mais um RPG, já que não costumo ter paciência para jogar muito tempo direto). Inicialmente lembra um pouco Star Wars, por causa dos Aliens, das viagens espaciais e tal, mas a falta do sabre de luz e da Força fazem muita diferença. O suficiente pro jogo ter uma cara própria. É um shooter misturado com RPG, mas diferente do Fallout, aqui os combates são bem mais intensos. Que venha o 2.

Call of Duty: Modern Warfare 2
Esse é chover no molhado, mas eu não podia deixar de citar. O primeiro jogo já era demais e as coisas só melhoraram nesse segundo capítulo. Ação cinematográfica do começo ao fim, uma verdadeira mega produção.

Ico
Um dos melhores jogos que joguei no PS2. Ico é legal por ser simples, nada de campanha épica, nada de salvar o mundo. Você é um garotinho com chifres tentando escapar do castelo enquanto protege a mocinha que você conhece no começo. Algumas surpresas e outras decepções no seu caminho dão ao jogo um gosto especial. Podia ter uma continuação... (se bem que The Last Guardian vai ser quase isso).

Bem, eu joguei muitas outras coisas esse ano, alguns jogos eu joguei bastante e outros só um pouquinho, mas esses são os que vieram à cabeça agora pra recomendar. Detalhe: resolvi listar somente jogos que eu terminei esse ano, ou seja, deixei de fora bons jogos que por um motivo ou outro eu não cheguei até o fim.

Como já está tarde e eu estou com preguiça de verificar pra ver que já foi convidado, deixo o convite aberto a quem quiser participar do meme. Postem seus melhores jogos ai!